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05/09/2022

Gigantes do varejo participam de oficina de práticas antirracistas no segmento da moda.


Atividade promovida pelo Instituto Trabalho Decente tem apoio do Colabora Moda Sustentável e do Instituto C&A


Brasil, abril de 2022 – Lideranças de algumas das principais varejistas de moda e da indústria têxtil do país como Arezzo, C&A, Grupo Soma, Hering, Renner, Lunelli e Malwee, além da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), participaram nos últimos dois dias, 27 e 28 de abril, do I Encontro de Formação Antirracista na Moda, realizado no Hotel Mercure Jardins, em São Paulo. Com o objetivo de debater caminhos e soluções para que haja mais equidade racial no segmento, a atividade foi promovida pelo Instituto Trabalho Decente (ITD) e apoiada pelo Colabora Moda Sustentável e pelo Instituto C&A.

Foto: Larissa Ramos - Casa Salo

A iniciativa, que surgiu a partir do Encontro Nacional do Colabora Moda, em 2020, buscou debater a desigualdade racial e seus impactos socioambientais. A falta de conhecimento a respeito do racismo é um dos motivos que dificulta o caminho em busca da igualdade, segundo a advogada Patrícia Lima, presidente do Instituto Trabalho Decente e coordenadora dos debates.
"Precisamos ir fundo nos porquês, já que a mudança começa pelo reconhecimento e pela contextualização do problema. Só assim as organizações conseguirão construir estratégias efetivas", explica Patrícia. "Trata-se um dos principais setores que mais empregam no Brasil, com força na economia. Precisamos de um diálogo propositivo", complementa.
Desde conceitos mais gerais como o que é racismo e discriminação racial até um debate mais amplo sobre racismo estrutural e institucional, o I Encontro de Formação Antirracista na Moda buscou também saídas e maneiras de mudar essa lógica intrínseca e, muitas vezes, naturalizada nos ambientes de trabalho.

Foto: Larissa Ramos - Casa Salo

Foto: Larissa Ramos - Casa Salo

Foto: Larissa Ramos - Casa Salo


Essas questões relacionadas à desigualdade de gênero, raça, território e origem tem ficado cada vez mais evidente, como aponta a diretora do Colabora Moda Sustentável, Lucilene Danciguer. “No ano passado, nós construímos as Recomendações para Moda Sustentável e o que cada atuante no setor no Brasil pode fazer para contribuir. Assim, essa formação foi pensada para que pudéssemos dar continuidade a este trabalho. Embora este seja apenas um passo nessa longa jornada, o importante é caminhar em prol da mudança”, comenta.

Por Raquel Chamis (Cora Design) e Vick Rocha (Máquina CW)